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Design Instrucional: modelo fixo, aberto e contextualizado

Se você tem se aventurado pelo universo do Design Instrucional (DI), é possível que já tenha se deparado com os termos DI fixo, DI aberto ou DI contextualizado. Mas você sabe o que são esses modelos e quais as diferenças entre eles?

É sobre isso que vamos falar neste conteúdo, explicando como cada um destes modelos possuem diferentes formas de condução dos processos e etapas utilizados na área do design instrucional.

Quais são os pilares do design instrucional?

Antes de entrarmos nas explicações sobre os três modelos de design instrucional, fixo, aberto e contextualizado, é importante lembrarmos que, apesar de suas diferenças, os três modelos possuem propósitos similares.

Estes propósitos podem ser considerados como os quatro pilares nos quais o design instrucional se baseia. São eles:

  • A criação de materiais e processos didáticos e que sejam capazes de atingir os objetivos pedagógicos propostos.
  • A eficiência do conteúdo produzido, de forma que o aprendizado proposto seja obtido no menor tempo possível.
  • A experiência de aprendizado do aluno deve ser agradável.
  • O projeto, em seu todo, deve ter sua produção e execução viáveis.

Design instrucional fixo, aberto e contextualizado

Podemos analisar os diferentes modelos de design instrucional a partir do processo conhecido como ADDIE (analysis, design, development, implementation and evaluation – análise, design, desenvolvimento, implementação e avaliação, em português).

Cada modelo utiliza as etapas propostas pelo ADDIE da sua própria maneira e com propósitos diferentes.

Design Instrucional Fixo

Como o próprio nome já insinua, o modelo de design instrucional fixo concentra-se em desenvolver produtos educacionais a partir de um padrão fixo. Dessa forma, a interação com alunos para análise e coleta de feedbacks acontece após a finalização do produto, o que não possibilita alterações ao longo do seu desenvolvimento.

É um modelo com etapas bem definidas e que, no geral, divide o processo em duas grandes fases: concepção (análise, design e desenvolvimento) e execução (implementação e avaliação). É um modelo muito utilizado para produtos de educação em massa.

design instrucional modelo fixo

Design Instrucional Aberto

Já no design instrucional aberto, o foco do profissional é a interação entre alunos e educadores, pois a interação social é, praticamente, uma ferramenta utilizada para alcançar os objetivos de aprendizagem.

Por isso, esse modelo é considerado mais dinâmico e flexível, pois os processos de desenvolvimento podem ser adaptados de acordo com os feedbacks obtidos a partir das interações. 

Dessa forma, os materiais produzidos pelos designers instrucionais são fornecidos aos poucos para os alunos para que se possa analisar o desempenho e a resposta do público. Além disso, as atividades e tarefas produzidas pelos estudantes também são consideradas recursos de ensino do curso.

design instrucional modelo aberto

Design Instrucional Contextualizado

Por fim, podemos considerar o design instrucional contextualizado como uma união equilibrada entre os outros dois modelos mencionados anteriormente, mas com o foco no aprendizado eletrônico.

O equilíbrio vem, justamente, da junção entre uma primeira fase de concepção (análise, design e desenvolvimento) com processos fixos, e uma segunda fase extensa que mescla a execução (implementação e avaliação) e concepção.

Essa é uma característica que torna esse modelo bastante flexível, possibilitando alterações e adaptações ao longo do processo. Assim, o profissional de design instrucional pode avaliar os diferentes ambientes de aprendizagem virtual e as diferentes necessidades das partes interessadas para desenvolver o produto educacional.

design instrucional modelo contextualizado

Quais os melhores cursos de design instrucional?

Antes de selecionarmos alguns nomes que se destacam no ensino de design instrucional, é muito importante fazermos um lembrete: o melhor curso para você é aquele que cabe no seu dia a dia, oferece a formação que você precisa e os recursos que fazem sentido para você. Portanto, procure algo que seja viável e coerente para você!

Outro ponto que podemos ressaltar é a formação que você busca. Caso tenha interesse em uma formação mais extensa e com ensino mais teórico, você pode se interessar pelo curso de pós-graduação em Design Instrucional do SENAC, o MBA em Design Instrucional e Metodologias Ativas de Ensino da Faculdade Monitor ou a especialização em Design Instrucional do EduTec.

Mas, caso procure por especializações mais objetivas e com menor tempo de duração, você pode optar pelo curso Profissão: Designer Instrucional para Educação da EBAC, lançado no início de 2022, com mais de 30h de aulas que tem se destacado pelos trabalhos de desenvolvimento de projetos que exploram o aprendizado prático.

Ainda em cursos especializantes, há também o curso de Teoria e Prática do Design Instrucional da Livre Docência.

Quem é formado em design pode dar aula?

Essa pode ser uma dúvida comum entre profissionais da área e a resposta é: depende! No caso, depende do tipo de formação que você possui e em que ambiente você deseja dar aulas.

Hoje, já contamos com diversas empresas e edtechs que oferecem especializações lecionadas por profissionais de mercado com atuações de destaque, sem a necessidade de formações pedagógicas ou pós-graduação. São profissionais aptos a assumirem projetos de cursos pré-gravados ou aulas síncronas que podem render cerca de R$200/hora ou comissões de até R$20.000 sobre as vendas.

Outra oportunidade em edtechs para profissionais sem pós-graduação é a tutoria. Nesse caso, o profissional é responsável por avaliar o desempenho dos alunos, tirar dúvidas e acompanhar seu desenvolvimento. Sua atuação pode ser via texto ou vídeo-chamadas, sendo possível atender empresas estrangeiras e receber em dólar, como é o caso da Upswing e da tutor.com.

No caso de profissionais que desejam atuar em edtechs e possuem pós-graduação, há também possibilidades que oferecem até R$20.000 para a gravação de aulas em determinadas disciplinas ou, até mesmo, o desenvolvimento de apostilas para cursos de graduação e pós-graduação.

Mas, segundo o Ministério da Educação (MEC), profissionais com graduação em bacharelado e tecnólogos não podem lecionar na educação infantil, ensino fundamental ou médio. Para isso, é necessário que haja a complementação em pedagogia ou uma graduação com licenciatura. 

Já no ensino superior em instituições de ensino que são vinculadas ao MEC, o profissional deve possuir uma pós-graduação lato sensu ou, de preferência, um mestrado para estar apto a dar aulas. 


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